Um homem chinês com esquizofrenia tem sido mantido em uma gaiola por mais de uma década por sua família depois que ele bateu numa criança de 13 anos até a morte.
Wu Yuanhong, de 42 anos, apareceu em diversas televisões chinesas sentado em cima de mantas numa jaula estreita. Os seus pés estavam acorrentados e vestia somente uma t-shirt e cuecas.
Aos 15 anos, foi-lhe diagnosticada esquizofrenia e, em 2001, agrediu uma criança de 13 anos até à morte, segundo relata o Information Daily no seu síte na internet.
Um ano depois do ocorrido, as autoridades judiciais da província de Jiangxi libertaram-no por não poder ser imputado pelas suas acções, devido à doença de que padece, conta o mesmo jornal. A AFP não conseguiu confirmar estas informações junto de fontes oficiais.
Imediatamente após a sua libertação, Wu foi acorrentado, mas a sua mãe, Wang Muxiang, construiu a jaula depois de Wu ter escapado às correntes e ter percorrido as ruas da sua vila, Shangfan, assustando os habitantes.
Wu conseguiu, no entanto, fugir da jaula, o que forçou os seus familiares a construir uma estrutura mais resistente.
“O meu filho pode ser louco e ter morto alguém, mas é meu filho. Colocá-lo numa jaula com as minhas próprias mãos foi muito difícil, como ser apunhalada”, disse a mãe de Wu ao Information Daily.
Wu conseguiu, no entanto, fugir da jaula, o que forçou os seus familiares a construir uma estrutura mais resistente.
“O meu filho pode ser louco e ter morto alguém, mas é meu filho. Colocá-lo numa jaula com as minhas próprias mãos foi muito difícil, como ser apunhalada”, disse a mãe de Wu ao Information Daily.
Wang dá três refeições ao filho por dia, colocando um pano sobre a jaula e fornecendo-lhe um recipiente sempre que Wu precisa de satisfazer as suas necessidades.
“Cada vez que lhe dava comida, sentava-me ao pé da jaula e chorava”, terá dito Wang ao jornal, acrescentando: “Agora as minhas lágrimas secaram”.
Na China, muitos doentes mentais não recebem o tratamento adequado devido a falta de recursos e a profissionais qualificados, especialmente nas áreas rurais.
Em 2010, o ministro da saúde chinês disse que só havia cerca de 20 mil psiquiatras para uma população de 1,35 mil milhões de pessoas, relatava o China Daily na altura.
Segundo as autoridades chinesas, em 2009 seriam perto de 170 milhões as pessoas a sofrer de qualquer tipo de doença mental, das quais 16 milhões com doenças muito graves.
O Information Daily cita autoridades locais que relatam que têm ajudado a família de Wu com doações de azeite e arroz, acrescentando que a província de Jiangxi lançou subsídios para as famílias pobres com doenças mentais a seu cargo.
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